Uma pesquisa feita por uma revista
britânica de psicologia sobre o significado da vida para as pessoas traz dados
interessantes: “aproveitar a vida enquanto puder” é o que pensam 17% dos
pesquisados; “a vida simplesmente não tem sentido” foi a resposta de 11%; e “a
vida é simplesmente um mistério” foi destacada por um pequeno grupo de 2%.
“Amar, ajudar e prestar serviços aos demais” foi a resposta da maioria.
Para muitos de nós, o sentido da vida é
algo distante. Muitos ainda não sabem porque vivem, ainda não encontraram um
significado para sua existência. As consequências disso podem ser sentimento de
vazio, insatisfação, infelicidade e impressão de estar perdido.
No geral, quando as pessoas estão felizes,
dificilmente questionam o sentido da vida. Nestes momentos, a vida se justifica
para a maioria. A razão da vida costuma ser questionada em momentos nos quais a
existência parece não fazer sentido. Indaga-se seu propósito quando se está
sofrendo, quando se está sob uma dor intensa, seja esta do corpo ou da alma.
Quando se vivencia medo, solidão, depressão, tragédias ou perdas, certamente
cresce em nós esta questão: qual sentido a vida tem?
Podemos observar que, na maioria das
vezes, o que leva os seres humanos a questionar o sentido da vida não é a
vida em si, é exatamente a parte da vida que se deixou de ter, a sensação do
vazio, a sensação de que em um minuto tudo pode ser diferente, a impotência que
sentimos em determinadas situações. Quando a vida não está acontecendo da forma
idealizada, surge o sofrimento.
No livro “Em busca de sentido”, o autor
Viktor Frankl relata: “Precisamos aprender que nunca e jamais importa o que nós
ainda temos a esperar da vida, mas sim exclusivamente o que a vida espera de
nós”. Dentro deste pensamento, nossa compreensão pode ser ampliada: cada um é
único e singular, nenhum ser humano pode ser comparado com outro e nem pode ser
substituído no processo, que é próprio de cada um.
Muitas vezes algumas coisas consideradas
simples bastam: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta,
silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que
acaricia, desejo que sacia e amor que promove para que a vida faça sentido.
Em outros momentos, isso não é suficiente,
pois culturalmente o sentido da vida está associado a harmonia e felicidade e,
sem o sentir deles, a vida acaba perdendo o sentido para alguns. O propósito da
vida passa, então, a ser preencher o desejo de felicidade. Cria-se uma
expectativa e, quando a felicidade falha, a existência torna-se uma lamentável
experiência, um grande sofrimento.
Então, qual o sentido da vida?
Provavelmente não teremos uma resposta que satisfaça a todos. O que
importa não é o sentido da vida de um modo geral, mas sim o sentido específico
da vida de uma pessoa, em determinado momento de sua existência.
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